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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

O paradoxo do empoderamento feminino



Vivemos durantes muito tempo em um globo hipoteticamente dominado pelos homens, no qual a figura feminina era tida como parte secundária. Não lhe era permitido usar calças ou minissaia, sequer desfrutar dos delírios provocados por um bom orgasmo.
Chegamos ao século XXI. O cenário está mudando, e o sexo feminino assume o protagonismo e ergue a bandeira da igualdade, com pulso firme e voz vibrante. Trabalha fora, cuida da casa, torna-se mãe e pai simultaneamente, dirige, faz topless e sexo, tudo com muito prazer. Em 1968, mulheres queimaram sutiãs em protesto aos padrões de beleza da época, em 2006 ganharam a proteção contra a violência doméstica, através da Lei Maria da Penha, em 2010 a Organização das Nações Unidas (ONU), lançou “Os Princípios de Empoderamento das Mulheres” (Women Empowerment Principles – WEP). Tudo em busca de liberdade, respeito e igualdade.  Mas em 2015, em um estranho paradoxo ainda há quem afirme que o homem trai por uma necessidade de sua raça, e se submete a tamanha agressão emocional, porque isso é “coisa” de macho. Ou seja, o sexo frágil, continua sendo assim porque vive preso a um universo onde o machismo ainda é preponderante.
 Frequentemente venho acompanhando algumas declarações nas redes sociais, e fico estapafurdiamente perplexa com a maneira que as pessoas expõem a vida pessoal.  Li de uma ‘amiga’, que inconformada desabafou em sua timeline: “Ele só lhe usa para se satisfazer, mas a mulher dele sou eu. É para mim que ele volta”. O facebook virou um diário, para não dizer esgoto dos devaneios de pessoas amarguradas, em busca de atenção, ou melhor, de curtidas.
É quase impossível acreditar que em pleno séc. XXI ainda exista espantosa falta de amor próprio. A mulher evoluiu para muitas coisas, mas ainda deixa de acreditar em si mesma. Perde oportunidade de ser feliz, de se realizar, porque para não se sentir pior, engana-se com a falsa ideia de que é amada. “Ele trai porque é homem, mas a mulher que ele ama sou eu”.
A sociedade feminina ainda não se despiu do véu machista. Ninguém escolhe ser traída, mas escolhe CONTINUAR sendo traída. Por causa da ‘boa vida’, pelos filhos (embora eu nunca tenha ouvido dizer que alguma criança morreu por causa da separação dos pais), por medo de ficar só, ou quiçá por acreditar que ele tem outras, mas é para casa que ele volta.
Ele vai voltar porque sabe que você pode até brigar e ameaçar ir embora, mas logo vai entender a fraqueza do homem.  Porque sabe que sempre vai ter alguém para lavar a roupa que ele sujou enquanto satisfazia as necessidades com a outra.
 A luta pelo empoderamento feminino não deve está apenas na roupa que queremos vestir ou espaço que queremos ocupar, mas na autoconfiança e amor próprio. Um homem não precisa sair pegando todas para provar sua varonilidade e uma mulher não precisa de um homem que “saia” com outras, mas que volta para casa. Se contentar com essa vã filosofia, é sobreviver de migalhas.


*Amanda Oliveira é jornalista.

domingo, 30 de maio de 2010

As mil faces da internet


O Brasil tem alcançado um número bem significante de internautas e o mais impressionante é que os números tem aumentado velozmente. Segundo dados do Ibope/Nielson entre os mêses de setembro e dezembro surgiram 1,2 milhões de brasileiros com mais de 16 anos. É importante ressaltar que o Brasil é o 5º país maior em números de conexões de internet. De acordo com o Ibope 27,5 milhões de usuários acessam a internet em domicílio.


Segundo Alexandre Sanches Magalhães, gerente de análise do Ibope/NetRatings, o ritmo de crescimento é intenso. E quando o assunto é o tempo usando na frente do computador, o Brasil ganha destaque aparecendo em primeiro lugar, com tempo médio de navegação de 48h26m, em segundo aparece os Estados Unidos com 42h19m e o terceiro lugar vai para o Reino Unido com 36h30m.


Não posso negar que a internet trouxe muitos benefícios para nós usuários. Tem facilitado nossa vida, pois é muito melhor pagar as contas através dela, que enfrentar uma enorme fila no banco. Essa ferramenta tornou-se o terceiro veículo de maior alcance no Brasil, atrás apenas do rádio e da tv. Oitenta e sete por cento dos internautas utilizam a rede para pesquisas de produtos e serviços, sendo que 90% dos consumidores ouvem sugestões de pessoas conhecidas antes da compra, enquanto 70% confiam em opiniões expressas online.


Segundo o FGV, são 60 milhões de computadores em uso, devendo chegar a 100 milhões em 2012. Em todo o mundo a cada dia 500 mil pessoas acessam pela primeira vez a internet, a cada minuto são disponibilizadas 20h00 de vídeos no youtube e a cada segundo um novo blog é criado. em 1982 haviam 315 sites na internet, hoje existem 174 milhões. E assim a internet segue, facilitando nossas compras, nossos relacionamentos, nossos estudos, nossa vida.


Porém, existem as outras faces da internet, afinal o que seria do bem se não existisse o mal?


com o avanço da tecnologia, também surgiu o avanço da violência, da falta de amor e pasmem: Até mesmo da comunicação. Assistimos aos noticiários e o índice de violência sexual à crianças e adolescentes através da internet tem crescido de maneira horripilante. As redes sociais estão contribuindo bastante para o uso da mentira e junto vem as decepções amorosas. É bem verdade que estas redes tem nos ajudado a manter contato com familiares, amigos que ao longo do tempo perdemos o contato físico... mas também é verdade que elas (as redes sociais) tem nos ajudado a manter distância das pessoas que estão próximas a nós.


Ultimamente tem me ocorrido um fato interessante. Moro com duas amigas que durante o dia não temos muito contato devido a correria da vida, durante a noite, depois da faculdade quando todas estão em casa, preferimos a compania do computador, cada uma em seu "canto" e aderimos às conversas pelo MSN. O assunto do momento entre Camila e eu, tem sido o Neymar (sua beleza, segundo Camila e a vontade que ela tem de conhecê-lo) jogador do Santos. Ela na sala (provavelmente assistindo jogo do Santos, embora afirme de pé junto que é Corinthiana) e eu no quarto, é claro! a distância? hum.... apenas uma parede!


Essas são as consequências da evolução. Estamos trocando o contato físico pelo virtual.


Sem contar na influência da nova escrita: O internetês. Sairemos por aí diminuindo as palavras e sendo cada vez mais reprovados nos concursos, nas provas, etc. Outro dia me peguei escrevendo um artigo como se estivesse no MSN. Escreví: VOCÊ, "VC"! Ainda bem que percebí a tempo!


A solução agora é escrever em Português no meu messenger, para não escrever "internetês" no meu cotidiano. (rsrsrs)


Essas são as mil faces da internet! Fica o recadinho para os leitores: A internet é uma ferramenta essencial, mas cabe à você, usá-la com sabedoria.




Um abraço,




Amanda Oliveira

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Palestra de Comunicação

No último dia 26, foi realizado no auditório das faculdades UNIESP, campus Hortolândia/SP, uma palestra sobre Assessoria de Imprensa, pela diretora da Vena (empresa de comunicação), Bianca Ceará. Convidada pela Professora Marta Fontenelle, em sua palestra, Bianca falou de sua vasta experiência no jornalismo e tirou dúvidas de alunos que estavam presentes. Apaixonada por comunicação, sendo filha de pais Jornalistas, Bianca contou que nunca teve o sonho de seguir carreira na TV e que se identificou muito com o trabalho no escritório, uma vez que segundo a palestrante, possui uma grande timidez e por isso não continuou seu trabalho como repórter, embora já tenha tabalhado em algumas TV'S, como a TV Cultura.
Sendo profissional e mãe, Bianca relatou suas dificuldades enfrentadas em seu cotidiano, suas viagens, e a ausência que muitas vezes tem de seu filho. Em sua experiência, Bianca leva no seu currículo, seu mais recente trabalho: a incubência de assessorar um dos rodeios mais conhecidos do Brasil, o rodeio de Jaguariúna. Disponível à perguntas, Bianca Ceará, tirou das dúvidas internas e até falou do tratamento da equipe de rodeio para com os animais. E para quem achava que os animais são cruelmente massacrados e torturados tendo o saco escrotal apertado, o alívio!
Segundo a pelastrante, que teve que conhecer tudo sobre o rodeio, para realizar a assessoria do evento, essa informação não passa de boatos e que eles são bem cuidados por uma equipe de veterinário e responsáveis pelo evento. Quando questionada sobre qual seria sua atitude (ética) para com os seus colegas jornalistas se ela houvesse assessorado o rodeio de Hortolândia, onde infelismente aconteceu a morte de um participante da prova, Bianca foi bastante enfática ao dizer que "não esconderia a veracidade dos fatos, mas que deixaria bem claro que em um evento como esse todos os cuidados são tomados e que acidentes acontecem". Fica então, o agradecimento dos alunos do 5º semestre de Jornalismo, à nossa querida professora Marta Fontenele e à nossa palestrante Bianca Ceará, que tão prontamente aceitou realizar essa palestra, tão importante para nós, futuros Jornalistas.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Quando será sua vez?


Atrás de um rosto bonito, sempre há um conceito e "personalidade": as caras desconhecidas.


Por Northon Bassan,


Há sempre quem quer estar na primeira fila, para ver os detalhes e ter melhor entendimento do evento. As vezes ficar para trás não significa perder tanto assim, mas para está à frente, "me visto, passo por várias mãos, pincelo, imprimo, remodelo, ganho críticas, e assim vou me modificando. Tenho asas, tenho ambiguidade, sei bem quem quero atingir. Posso ficar de lado e serei vista, posso estar escondida em outro canto e serei vista. tenho grandes atributos da cabeça aos pés, finjo ser ninguém, mas ganho entendimentos e imaginações qundo melhor vista", manifesta ela, a mais mexida.

Esteja lá na primeira pagina do jornal e encontre a manchete, as vezes vestida com um pouco de decote, chamativa e intrigante em poucos momentos a notícia se faz entendida e curiosa. Adereços coloridos, gráficos, imagens impactantes, falas objetivas e entendidas "eu entendo, tu entendes, ele entede e nós entendemos". Seria a reportagem pluralistas, seria única?

Pegar o papel e dizer que entendeu,não basta!

Tem que abrir o outro papel. Seguir a ordem da cabeça à retranca!

Quer saber mais?

Não, não clique aqui. Sente-se confortavelmente, não se preocupe com as horas, leia o jornal. não se preocupe com televisão, o que você ler vai passar nela!

Sente-se...

Sente-se...

Sente-se...

...




Northon Bassan, 21, é estudante de Jornalismo da UNIESP

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Para que ninguém a quisesse




Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos
vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a
exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armários tirou as roupas
de seda, da gaveta tirou todas as jóias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia à
passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou‐lhe os longos cabelos.
Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por
ela. Esquiva como um gato, não atravessava praças. E evitava sair.
Tão esquiva se fez que ele foi deixando de se ocupar dela, permitindo que fluísse em silêncio
pelos cômodos, mimetizada com os móveis e as sombras.
Uma fina saudade, porém começou a alinhar‐se em seus dias. Não saudades da mulher. Mas do
desejo inflamado que tivera por ela.
Então lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. Á noite tirou do bolso uma rosa de
cetim para enfeitar‐lhe o que restava dos cabelos. Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas,
nem pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido numa gaveta, esqueceu o batom. E continuou
andando pela casa de vestido de chita, enquanto a rosa desbotava na cômoda.





CARTA DATILOGRAFADA:
Mais uma vez as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam; e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes. Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fi z-me chefe de uma revolução e venci.Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a Justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobras, mal começa esta a funcionar a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o povo seja independente.Assumi o governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia a ponto de sermos obrigados a ceder.Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo e renunciando a mim mesmo, para defender o povo que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar a não ser o meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida. Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no meu pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com perdão. E aos que pensam que me derrotam respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo, de quem fui escravo, não mais será escravo de ninguém.Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue terá o preço do seu resgate.Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história.”
Fonte: http://www.cpdoc.fgv.br/nav_gv/htm/gv_main.htm